Centro de Estudos e Culturas do Mundo Rural – Integrar, estudar e promover as várias formas de expressão do Mundo Rural

  • Home
  • Atividades
  • CECMR
  • Contato
  • Culturas
  • Educação do Campo
  • Educoop
  • Gepedoc
  • Integrantes
  • Local
  • Memórias
  • Mundo Rural
  • Patrono
  • Projetos
  • Território Caipira: Saúde no Solo II

    Date: 2017.06.05 | Category: CECMundoRural | Tags: adubação das plantas,adubo orgânico fermentado,biofertilizantes,bokashi,educação cooperativa,educação do campo,mundo rural,reforma agrária,saúde no solo,silo de microorganismos,sociologia rural,território caipira

    Resultado de imagem para el abc de la agricultura organica

    Bom dia amig@s do mundo rural! Tudo bem?

    Esta é a área para a postagem de um breve relato das atividades do módulo do curso: “Saúde no Solo II”. Vocês devem fazer uma reflexão, de no máximo 2 parágrafos, sobre à temática desenvolvida no curso de extensão, a partir da sua experiência e da leitura dos textos do curso.

    Vcs podem dar uma olhada geral no blog “Saúde no Solo” do Eng. Oliver Branco:  http://oextensionista.blogspot.com.br/2016/01/bokashi.html#.WTVmnlTyuM8

    Abraços e até o próximo encontro, Prof. Fábio Villela.

5 Responses to “Território Caipira: Saúde no Solo II”

  1. Patrícia Pereira Dodorico 17/06/11 22:57

    Saber fazer o manejo do solo é um dos itens primordiais do sistema orgânico de cultivo. Os fatores determinantes na qualidade do solo são em essência as propriedades que mais influenciam no desenvolvimento das culturas, como teor de nutrientes, biomassa microbiana, presença de patógenos, retenção de água, etc. Desde a escolha do terreno até a forma de adubação devem ser feitas respeitando as necessidades do solo em questão. Por isso, essa primeira etapa do curso foi de fundamental importância, para aqueles que assim como eu desejam entender profundamente como cada propriedade do solo funciona no desenvolvimento das culturas. E não apenas pelo aprendizado de algumas técnicas de preparo de insumos (substratos) para preparar e conservar os solos sadios e aptos para o cultivo orgânico de maneira mais consciente e sustentável, aproveitando dos materiais e resíduos que tenho mais fácil acesso e contribuindo para o equilíbrio do meio ambiente. Mas também por abrir nossos olhos para a nossa alimentação atual. Analisando holisticamente, entendemos que os efeitos gerados pela agricultura convencional são muito mais prejudiciais que imaginávamos.

  2. Lucio Lambert 17/06/21 17:57

    QUEM CONTROLA A PRODUÇÃO DO NOSSO ALIMENTO ?
    Lucio Lambert
    produtor rural e geólogo

    O projeto de controle da base da alimentação mundial por um cartel de uma dezena de megacorporações é desenvolvido, a nível global, em varias frentes.

    No topo da pirâmide, quando se analisa a composição acionária majoritária destas empresas encontra-se bancos e fundos de investimento isto é, o mercado financeiro. O interesse maior portanto é o lucro não a produção de alimentos saudáveis, biodiversos e nutritivos.
    As ramificações desta atuação abrangem o que é essencial para a produção de alimentos em larga escala: sementes, agroquímicos (fertilizantes sintéticos e agrotóxicos), maquinas e implementos.
    Este projeto foi introduzido no território caipira (produção, cultivo) ao mesmo tempo que era legitimado para ser aceito pelo conjunto da sociedade (consumo). Para isso foram cooptados o Estado, através do sistema politico partidário, universidades e institutos de pesquisa; A mídia, com veicula publicidade e conteúdo, glamouriza todo o universo do agronegócio naturalizando seus produtos e supervalorizando sua importância pra socioeconomia do país.
    Por um lado, a autonomia camponesa de todo o processo agrícola orgânico é apagada. Desde a produção e preservação de suas próprias sementes locais, adaptadas e resistentes, até o desenvolvimento de técnicas e procedimentos que permitiam ao agricultor o cultivo em maior escala como equipamentos rústicos, carros de boi, arados de baixo custo e fácil manutenção. Passando, é claro, pela elaboração dos próprios adubos, fertilizantes e caldas orgânicas usando os recursos naturais da propriedade e da região.
    A lógica do capitalismo foi implantada no território caipira. A métrica passa então a ser o dinheiro. Assim, ao produzir para o mercado, não priorizando a soberania alimentar da própria família o pequeno agricultor vira refém e acaba por perder a autossustentabilidade .
    O resultado é o fim da biodiversidade, a diminuição da nutrição e o aumento da suscetibilidade à doenças e o endividamento economico do produtor rural que se vê obrigado, muitas vezes , a deixar a terra.
    Por outro lado, como consequência, é erradicada também a abrangente cultura do “território caipira”(Villela, 2016), onde, com os produtos diversos e abundantes colhidos no próprio quintal ou nos vizinhos, eram produzidos rituais e culinárias característicos. Podemos citar, entre outras, inúmeras receitas tendo como base o milho crioulo (Blanco, 2013) e seus derivados: fubá, pamonha, milho verde cozido e assado, curau, “carcanhá de nêgo”, entre muitas outras.
    O “Carcanhá de Nêgo”, receita antiga feita com milho crioulo, foi lembrada por D. Terezinha, hoje com mais de 90 anos, durante uma Palestra e Roda de Conversa com lideranças da Baixada Fluminense, na ONG Ação da Cidadania, em maio de 2017 no Rio de Janeiro (Lambert, 2017).

    Com o desaparecimento das inúmeras variedades crioulas vai também sendo suprimido todo este rico universo culinário e cultural já que as variedades transgênicas atuais (que são mais de 70% do milho nacional) não apresentam o mesmo sabor, cor e textura.
    Citamos o milho mas, com a diversidade de frutas e hortaliças que ainda temos no Brasil, pode-se imaginar a quantidade de variedades que estão sendo suprimidas do espectro cultural do território caipira .
    Outro fato preocupante é que, como atualmente o agricultor está plantando cada vez mais pro mercado, seguindo a lógica capitalista e a métrica do dinheiro e do lucro, não sobra tempo pra que produza o seu próprio insumo e alimento orgânico, nutritivo e biodiverso.
    O alimento da mesa do agricultor familiar, base da sua autonomia e autossuficiência, passou a ser comprado no supermercado.

    Referencias:
    BLANCO, O.H.N. Milho crioulo “Cunha”. Blanco agricultura: consultoria e acompanhamento técnico para o envolvimento dialógico da agricultura orgânica no Brasil. Net, Araçatuba-SP, 2013. Disponivel em: Acesso em 07/06/2017.

    LAMBERT, L. Quem controla a produção do nosso alimento? Agronegócio X Agricultura Agroecológica. Palestra na Ação da Cidadania. Rio de Janeiro, 2017. Disponível em :

    LÖWY, M. Ecologia e socialismo. São Paulo: Cortez, 2005. (coleção questões da nossa época: v.125).
    RESTREPO, J. El ABC de la agricultura orgánica, fosfitos y panes de piedra: manual práctico. Feriva, 2007
    VILLELA, F.F. Centro Virtual de Estudos e Culturas do Mundo Rural. Projeto de Extensão. Pró-Reitoria de Extensão da UNESP-PROEX. Net. São José do Rio Preto – SP, 2014. Disponivel em: . Acesso em 07/06/2017.
    VILLELA, F.F. Cultura Ambiental no território Caipira: Historia e Saberes Tradicionais das mulheres do Noroeste Paulista. Retratos de Assentamentos. v. 19, nº 1, p. 323-350. Uniara – Universidade de Araraquara / Rua Carlos Gomes, 1338, Centro / Araraquara-SP / Brasil / CEP 14801-340, 2016. Disponivel em: . Acesso em 07/06/2017

  3. Fernando Silva 17/07/03 13:22

    O curso Território Caipira promovido pela Unesp é uma riqueza inestimável para o conhecimento. No módulo 1, ficou frisado a importância e a prática de elaboração dos fermentados: kobashi, biofertilizante, silo de microrganismos, EM.
    Essas práticas mostraram o quanto é facílimo para o produtor agroecológico ser independente de insumos químicos, sem contar a saúde completa que irá disponibilizar para seu solo, para o plantio e também para seus animais.
    Palestras e explicações maravilhosas dos fundamentos da agroecologia, feitas pelo mentor Oliver, fundamentam as práticas desenvolvidas de maneira divina.
    Sem contar a explanação riquíssima dada pelo prof Fábio, sobre a riqueza sócio/histórico/cultural das mulheres do campo.
    Enfim, tudo lindo e maravilhoso, de estrondoso valor para nossa consciência agroecológica, fazendo que nos finquemos o pé com toda força nessa atitude de preservarmos a saúde do solo.

  4. Martha Alves Ferreira 17/07/04 13:18

    Reaprendendo.
    No questionamento, para definição do que é cultura ambiental, onde o ambiente natural passa pela intevenção das mãos humanas, verificamos que as populações por muito tempo procuraram uma convivência harmoniosa com a natureza. Essa cultura, na região caipira do noroeste paulista, foi preservada nos afazeres cotidianos, principalmente das mulheres, que transmitiam esses saberes da luta pela sobrevivência.
    As politicas mundiais de combate a “fome”, com a proposta de plantações em larga escala, uso de defensivos quimicos em larga escala, adubação quimica em larga escala,.. alijou os pequenos agricultores do processo de produção dos alimentos. Impôs uma cadeia produtiva que quebrou a força simbólica da solidariedade humana . As rede de troca de experiências na lida com o solo as festas de fechamento de ciclos da natureza, foram se transformando em caricaturas de tempos idos, sem memória e significado. O resgate dessa memória histórica, nos propicia repensar as ações sobre o meio ambiente, ocupação do território fisico e da organização social e cultural. Nesse sentido os textos e as práticas nos levam na mesma direção, o reaprender.
    As aulas práticas e a lida com a terra, na feitura de adubos, mineralização do solo, microbiologia, fermentação, fogo,.. toda energia de transformação da matéria tras de volta nossa ligação com todos os seres.
    A multiplicação de ações como esse curso, nos reconecta a nossa mãe generosa a terra.

  5. Joaquim Dias Junior 17/07/18 16:59

    Parabéns a organização do curso cujo tema é de extrema importância no processo agrícola e da vida. Grato pelo grande conhecimento compartilhado pelo mestre Oliver Blanco.
    As Técnicas apresentadas e aprendidas sobre a confecção: do Bokashi, biofertilizantes, silo de microrganismos dentre outras, fará grande diferença na construção desse modelo de agricultura sustentável.

Deixe um comentário

Clique aqui para cancelar a resposta.



« Seleção de Bolsistas para o Projeto de Extensão: Cultura Ambiental, Território Caipira e Educação do Campo | Território Caipira: Saúde no Solo I »

Related Posts

  • Curso de Extensão Universitária – Território Caipira: Saúde no Solo

Recent Posts

  • Ritmos Afro-brasileiros (11)
  • 27 de Setembro: O dia de Èrê (2)
  • Danças Folclóricas: O Pandeiro Cigano (16)
  • Sara, a Negra: de Escrava a Santa, Protetora dos Povos Tradicionais na Pandemia (18)
  • Pandemia, Terceira Idade, Necropolítica e… Utopias (19)
  • Yorimatã Okê Aruê! (4)
  • Atividade do Curso de Extensão Universitária: Território Caipira: Agroecologia, Agrofloresta e Saúde no Solo  
  • Atividade do Curso de Extensão Universitária: Território Caipira: Agroecologia, Agrofloresta e Saúde no Solo (2)
  • Curso de Extensão Universitária: Território Caipira: Agroecologia, Agrofloresta e Saúde no Solo  
  • Curso de Extensão Universitária: Cultura Ambiental no Território Caipira (6)
  • Back to top
  • depth=1
    • Atividades
    • CECMR
    • Contato
    • Culturas
    • Educação do Campo
    • Educoop
    • Gepedoc
    • Integrantes
    • Local
    • Memórias
    • Mundo Rural
    • Patrono
    • Projetos

© Copyright Centro de Estudos e Culturas do Mundo Rural – Integrar, estudar e promover as várias formas de expressão do Mundo Rural 2022 | Powered by WordPress
Theme designed by Jinwen, valid CSS 2.1 & XHTML 1.0